Es una hélice
lo que hay
entre tu garganta y la mía
una hélice sable
que mutila las palabras
___________y los sonidos
de nuestros arrojados torrentes
Es una hélice
que me transporta a tus glándulas
_______que lloran
una hélice
que aniquila tu respiración
_______transformada
en efluvio de rubís
______________cascada carmesí
_______cayendo
desde tus fosas nasales.
ROUGE
C’est une hélice
ce qu’il y a
entre ta gorge et la mienne
une hélice sabre
que mutile les mots
___________et les sons
de nos intrépides torrents
C’est une hélice
que me porte à tes glandes
_______que pleurent
une hélice
que extermine ta respiration
_______transformée
en effluve de rubis
______________cascade cramoisie
_______en coulant
de tes fosses nasales.
ALEJANDRO URANGA
Madrid
junio de 2009
martes, 23 de junio de 2009
lunes, 15 de junio de 2009
SONETO No. 1
Hazme la muerte, no quiero una muerte
de tierra ni de fuego, necesito
una muerte de aire donde haya un grito
seco, de ahorcado por dos manos fuertes.
Hazme la muerte, que sea una muerte
de aguja aguda, de acero pulido
que alcance todos mis huesos raídos,
mis sueños, en un delirio latente.
Bríndame una muerte de gas mostaza,
asfixiante, muerte que dure más,
de una agonía constante que roce
cuerdas bucales oprimidas, para
que lentamente logre articular
cada una de las letras de tu nombre.
(de la serie 11 endecasílabos ibéricos)
ALEJANDRO URANGA
Madrid
abril de 2009
de tierra ni de fuego, necesito
una muerte de aire donde haya un grito
seco, de ahorcado por dos manos fuertes.
Hazme la muerte, que sea una muerte
de aguja aguda, de acero pulido
que alcance todos mis huesos raídos,
mis sueños, en un delirio latente.
Bríndame una muerte de gas mostaza,
asfixiante, muerte que dure más,
de una agonía constante que roce
cuerdas bucales oprimidas, para
que lentamente logre articular
cada una de las letras de tu nombre.
(de la serie 11 endecasílabos ibéricos)
ALEJANDRO URANGA
Madrid
abril de 2009
jueves, 11 de junio de 2009
ABELHAS DE BRAGA
Não conheci tua agua
não sube quando choraste
nem quando tomaste banho
nem quando tiveste sede
As abelhas irão
pela mel de teus olhos
esses olhos cansados
de sete dias de trabalho
e a trarão
zumbindo
até minha língua
Não conheci tua terra
não sube quando caíste
nem quando mordeste uma maçã
nem quando ficaste dormido
As abelhas irão
pela força de tuas mãos
essas mãos grandes
carinhosas e solitárias
e a trarão
zumbindo
até minhas costas
Não conheci teu ar
não sube quando tossiste
nem quando tiveste soluço
nem quando olhaste ao céu
As abelhas irão
pelos sonhos de quatro noites
esses sonhos sossegados
na altura de meus ombros
e os trarão
zumbindo
até meu coração
Não conheci teu sangue
não sube quando adoeceste
nem quando dobraste os joelhos
nem quando sanaram tuas feridas
As abelhas irão
pelo fogo de teus beijos
esses beijos profundos
subterrâneos e incandescentes
e o trarão
zumbindo
até minha boca.
ALEJANDRO URANGA
Madrid
Junio de 2009
não sube quando choraste
nem quando tomaste banho
nem quando tiveste sede
As abelhas irão
pela mel de teus olhos
esses olhos cansados
de sete dias de trabalho
e a trarão
zumbindo
até minha língua
Não conheci tua terra
não sube quando caíste
nem quando mordeste uma maçã
nem quando ficaste dormido
As abelhas irão
pela força de tuas mãos
essas mãos grandes
carinhosas e solitárias
e a trarão
zumbindo
até minhas costas
Não conheci teu ar
não sube quando tossiste
nem quando tiveste soluço
nem quando olhaste ao céu
As abelhas irão
pelos sonhos de quatro noites
esses sonhos sossegados
na altura de meus ombros
e os trarão
zumbindo
até meu coração
Não conheci teu sangue
não sube quando adoeceste
nem quando dobraste os joelhos
nem quando sanaram tuas feridas
As abelhas irão
pelo fogo de teus beijos
esses beijos profundos
subterrâneos e incandescentes
e o trarão
zumbindo
até minha boca.
ALEJANDRO URANGA
Madrid
Junio de 2009
lunes, 8 de junio de 2009
ZAFIRO
De cabeza
__________hundido
__________mojado
percibo mejor
cómo se craquela
__________tu mirada celeste
por el andar
_____________________________lenta marea
de dos dedos
__________sobre tus vértebras.
::::::
SAPHIR
Tête en bas
__________plongué
__________mouillé
je perçois mieux
comment on se gerce
__________ton regard céleste
par la démarche
_____________________________lente marée
de deux doigts
__________sur tes vertèbres.
ALEJANDRO URANGA
Bruselas
Junio de 2009
__________hundido
__________mojado
percibo mejor
cómo se craquela
__________tu mirada celeste
por el andar
_____________________________lenta marea
de dos dedos
__________sobre tus vértebras.
::::::
SAPHIR
Tête en bas
__________plongué
__________mouillé
je perçois mieux
comment on se gerce
__________ton regard céleste
par la démarche
_____________________________lente marée
de deux doigts
__________sur tes vertèbres.
ALEJANDRO URANGA
Bruselas
Junio de 2009
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